Uma rua

A cada passo uma lágrima.
A cada pedra uma memória.
os casarões destruídos remetem a um luxo do passado.
os meninos de rua deitados em papelões remetem ao sofrimento de quem não tem qualidade de vida nesse espaço.
os turistas sobem e descem fotografando o que um dia foi a dor do escravo.
o fraco e oprimido no passado ainda hoje continua deitado e humilhado neste chão.
As calçadas com suas baianas sorridentes.
As rodas com capoeiristas que jogam alegremente fazendo a alegria e embelezando a fotografia.
O vendedor ambulante, agora registrado, cobra alto, fazendo cara a lembrança.
E assim, é o dia a dia na rua do Pelourinho, nossa desesperança.


Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Parabéns , Fulana!

Carnal

Corpoesia